Meu começo na jornada de impressão 3D — Parte 2

Bruno Guimarães de Faria e Silva
3 min readJul 25, 2020

Depois das primeiras lições aprendidas e muitas informações que já tinha visto começaram a fazer sentido mais testes foram feitos.

Percebi que alguns modelos não faziam sentido de como seriam impressos. Braços sem apoio em bonecos por exemplo. Este ponto foi frustrante vendo a qualidade ou inabilidade minha em imprimir algumas peças para minha filha, ou o acabamento ficava ruim ou inexistente (como o rabo de um pikachu que tentei). Pensando que isso deveria ser possível mas sem entender como foi fuçando no software que faz o fatiamento para impressão da própria Flashforge, o FlashPrint. Nele tinha um botão que eu não tinha me atentado, o bendito Suporte. Esta função automaticamente escolhe lugares que necessitam de suporte e cria para eles sem necessidade de modelar. Que bom, um problema a menos, vou poder imprimir pokemons para minha filha agora. Quando fui salvar o arquivo ele sugeriu o Brim.

Warping, de novo

Já tinha visto em alguns vídeos sobre o Brim, que funciona como uma saia na base da peça para que fique melhor acomodada e impeça ou dificulte o warping. Claro que optei pela criação do Brim e salvei o modelo. Entre o último texto e este comecei a testar o uso de cola Pritt na mesa e me surpreendeu como deu certo. Uma solução barata e fácil de encontrar. Após isso, ainda utilizando ABS (não chegou ainda o PLA nem as tintas) mandei imprimir um Pokemon Gengar para a Valquíria (ela adora pokemons fantasma). Para minha surpresa, sem peças falhas (alem das esperadas pelo ABS com falta de temperatura) e o mais importante, sem warping.

Pokemon Gengar sendo impresso com Brim e Suportes

Após esta tentativa comecei a utilizar a cola e os modelos com brim e suportes até que, passando por uma farmácia lembrei de ter visto na internet várias vezes e recebi recomendações de uma colega (obrigado Larissa) e resolvi comprar o spray Karina.

Limpei a mesa (tinha ficado uma camada grossa de cola), apliquei o spray e realizei a impressão. Para minha surpresa fixou melhor que o uso das colas e a partir deste momento comecei a utilizar em todas as impressões. Infelizmente o cheiro me faz passar mal, então tive que tirar de onde fico e colocar a impressora em uma área afastada na casa.

Agora tudo certo né? Só que não. Eu tinha que fazer cagada. Decidi aumentar a temperatura da extrusora de 220 para 240 graus, mais indicado para ABS. No começo não vi muita diferença, até que a minha impressora decidiu adicionar por conta 5 graus a mais para esquentar antes da impressão. O limite da impressora é de 240 graus, então ele não iniciava a impressão por não chegar a 245 graus e não baixava a temperatura, assim derreteu a borracha a protege a extrusora. Voltei pro software de fatiamento e reconfigurei todas as impressões para 220 novamente.

Pronto, mais uma etapa vencida. Agora é esperar a chegada das tintas e começar mais um desafio.

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Bruno Guimarães de Faria e Silva

Asperger | Science author | Computer Scientist | Data Analyst | Citizen astrophysicist | Nerd | Self defense instructor